quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Praça da República.


Como era a praça:

A mais conhecida praça de Belém não é apenas uma das áreas de lazer mais procuradas pela população, principalmente aos finais de semana. É um referencial histórico. O local já foi um cemitério para escravos e pessoas pobres, depois descamparam o local, e transformaram ele num depósito de pólvora, o que deu a esse lugar o nome de ‘’Largo da Pólvora’’. O atual nome da praça veio com a construção de um monumento em homenagem a proclamação da república. Ao lado de duas das principais avenidas de Belém- a Presidente Vargas e a Assis de Vasconcelos – a praça da república abriga dois teatros, o centenário Teatro da Paz e o experimental Waldemar Henrique o núcleo de Artes da Universidade Federal do Pará, o lendário bar do parque (que resiste como reduto da Boêmia), um anfiteatro para espetáculos ao ar livre e ,de sexta a domingo, a feira de artesanato. Nos coretos  de ferro e nas frondosas mangueiras estão uma mostra de Belém de todos os tempos.

Como se tornou a praça da república:


No século XVIII, em um imenso descampado, entre o bairro da Campina e a estrada que conduzia à ermida da Nossa Senhora de Nazaré, foi construído um grande armazém para se guardar pólvora. O local, então passou a ser chamado de Largo da Pólvora. Antes era conhecido como Largo da Campina. Depois ali ergueram uma forca (não se tem registro de qualquer execução). E em um trecho onde os pobres eram sepultados em cova rasa.
Na época do império, mudaram o nome do logradouro: passou a se chamar Pedro II, em homenagem ao nosso último imperador. Mas continuava um imenso descampado, com algumas árvores plantadas e desordenadamente. Isso a partir de 1850. Em 1878, com a inauguração do teatro Nossa Senhora da Paz, houve uma urbanização, também modesta. Com a queda do império, o velho Largo da Pólvora passou a ser chamado de praça da República, denominação  que ainda continua.
Quem realmente deu início à urbanização da praça foi o intendente Arthur Índio do Brasil, em 1901. Dotou de calçamento de madeira as suas avenidas, construiu passeios acimentados, encomendou do exterior chafarizes e bancos, ajardinou as alamedas. Isso depois de colocada a pedra inaugural do monumento da república. Um outro intendente, Antônio da Silva Rosado, continuou a urbanização e dotou a praça de um pavilhão harmônico.
Mas o embelezamento da praça deve-se ao Antônio Lemos. Assumiu em 1897(meses depois era inaugurado o monumento da república) e, no relatório que enviou ao Conselho de Intendência Municipal, fez acerbas críticas ao mau gosto dos jardins, afirmando que era o verdadeiro podre...um mau gosto na arte da floricultura, com canteiros de mais de um metro e meio de altura, alinhados perpendicularmente com simetria fatigante, ‘’ que irritavam o transeunte calmo’’. E partiu para uma verdadeira urbanização, inclusive trocando o calçamento das avenidas que a limitavam, que eram de madeira, por paralelepípedos.
Durante a administração do Intendente Virgílio Mendonça, foi construído um cinema, ao lado do passeio frontal, que conduz ao Monumento da República.
Um prédio que muitos anos passou a ser a Caixa Econômica Federal e hoje é o Teatro Waldemar Henrique.
           A magnitude da Praça foi restaurada na reforma, levada a efeito por Almir Gabriel, com a coordenação do arquiteto Paulo Fernandes Chaves, inclusive o novo calçamento em pedra portuguesa com motivos marajoaras.


Situação atual da praça:


Atualmente a praça não é muito freqüentada nos dias de semana, mas de sextas aos domingos, ocorre uma feira de artesanatos e vendas de camelôs.


Equipe: Aline Salgado, Andressa Soares, Eni Hacore, Gustavo Henrique e Gustavo Vinícius.


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